Sergio Marone acabou de sair do ar na reprise de ‘O Clone’, em que interpretava Cecéu, mas — para alegria das fãs — ainda pode ser visto na telinha como Marcos, da novela ‘Morde & Assopra’, um cara do bem, que tem que administrar o ciúme da mãe manipuladora, Salomé (Jandira Martini). Por causa do personagem, Sérgio revela à coluna o que mais escuta nas ruas: “Mamãe não é uma santa!” ou “Abre o olho!”.
Aos 30 anos, ele namora Débora Bloch desde outubro de 2009 e garante que a diferença de idade (a atriz tem 48) não atrapalha : “Não existe diferença de idade quando você gosta, admira e sente afeto e atração por alguém”. Pretendem juntar as escovas de dente? “Nunca tocamos nesse assunto”.
Saiu na Internet que a Globo não renovou seu contrato. É verdade?“Meu contrato ainda não acabou para não ser renovado. Acaba com ‘Morde & Assopra’. Desde 2009, assino por obra com a emissora. Isso me dá mais liberdade para me dedicar a outros projetos. Minha relação com a Globo é ótima e melhorou ainda mais depois disso. Sempre faço um bom período de teatro entre um trabalho e outro na TV”.
Está aberto para negociações com outras emissoras?“Não teria problema em ir para outra emissora se fosse para fazer algo que me desafiasse, mas tem que ser dramaturgia boa ou um programa alternativo com o qual me identificasse. Mesmo assim, continuaria assinando por obra para poder fazer teatro e investir no cinema”.
Saíram notas na imprensa dizendo que você e a Carol Castro (ela faz Natália, namorada dele na trama) tiveram problemas nos bastidores. É verdade?“Nunca, muito pelo contrário! Fazemos uma ótima parceria, trocamos muito em cena”.
Também comentaram que Débora teria ficado com ciúme das cenas de beijo...“Não, isso também nunca existiu. Não tem nenhuma verdade”.
Acha que mudou muito a sua forma de atuar de ‘O Clone’ para cá? “Sim. Nesses 10 anos de carreira, foram nove trabalhos na TV, entre novelas e séries, cinco peças de teatro e dois filmes. Isso e a vida provocam um amadurecimento como homem, ser humano e, claro, como ator”.
Dos personagens que fez na TV, com qual mais se identificou? “Me identifico um pouco com todos eles. No caso do Marcos, me identifico muito com o fato de ele ser pacato, simples, do bem... Isso tem muito a ver comigo”.
Fez laboratório para viver o Marcos? “Quando soube que seria dono de um café, fiquei tranquilo. Sei carregar uma bandeja, se necessário! Até porque,tinha feito curso de garçom para viver o Humberto em ‘Paraíso Tropical’. Para o Marcos, fiz pesquisas sobre pessoas que, como ele, têm essa dificuldade de cortar o ‘cordão umbilical’ e com quem sofre com isso, como genros e noras. Como sou independente e saí de casa muito cedo e, nesse aspecto, sou o oposto dele, tive que me convencer de que existe gente como Marcos. Ouvi histórias que deixariam qualquer genro ou nora desesperados!”.
É vaidoso? Faz exercícios, alimentação balanceada?“Gosto de me sentir bem e saudável. Faço exercícios, como alimentos naturais e integrais. Até a minha granola é feita em casa! Tenho uma horta, limoeiro, amoreira, tangerina... tudo no meu apartamento!”.
Prefere fazer o vilão ou o bom moço?“Os dois. Mas o vilão, dependendo da intensidade e do contexto dentro da história, é bem mais divertido”.
Tem mais prazer em fazer TV, teatro ou cinema?“Tenho prazer em trabalhar, mas pretendo me dedicar mais ao cinema que é onde menos atuei nesses dez anos”.
Pretende repetir a experiência como produtor de teatro como fez em ‘Escravas do Amor’? O que tirou dessa experiência?“Vou produzir um texto inédito do Rodrigo Nogueira, com quem fiz ‘Play’, indicada aos prêmios Shell e APTR de teatro de melhor texto e com a qual passei 2009 viajando pelo Brasil.
Aprendi que, por mais difícil que seja fazer cultura com qualidade nesse País, quando dá certo, é muito compensador e gratificante”.
Você e a Débora estão juntos desde 2009. Como descobriu que estava apaixonado?“Na minha opinião, isso não se descobre. Quando vi, já tinha acontecido”.
Já era admirador da Débora? Quem foi o cupido?“Quem não é admirador da Débora? Nós já nos conhecíamos, não teve cupido nenhum”.
Além da profissão, o que vocês têm em comum?“A necessidade de se expressar, fazer arte e, de alguma forma, transformar as pessoas e o nosso universo particular”.
Quais são seus planos para depois da novela?“Pretendo fazer duas peças de Nelson Rodrigues no centenário do nascimento dele, em 2012. Uma delas será a remontagem de ‘Escravas do Amor’, que fiz em 2005, com a Cia de Teatro Fodidos e Privilegiados, e uma outra que estamos pensando ainda. Também comprei os direitos do romance ‘Jesus Kid’, de Lourenço Mutarelli, para produzir no cinema, onde pretendo também atuar no papel coadjuvante que dá título ao filme. Estamos em fase de pré-produção”.
Você é mochileiro, planeja alguma aventura?“Adoro viajar! Já viajei sozinho para lugares como Praga, África, Califórnia. Gosto muito de me ‘perder’ num lugar, não pensar em mais nada e conhecer gente nova! Aventura é estar sozinho na República Tcheca. Você se sente um analfabeto; poucos falam inglês e não se lê nada nas ruas... (risos)”.
Fonte? http://bit.ly/oH6qaF